Dia Mundial da Vida Selvagem
3 de março de 2022 – Atualizado em 23/10/2024 – 11:40am
Dia Mundial da Vida Selvagem
Recuperar espécies-chave para restaurar os ecossistemas
Em 2022, sob o tema “Recuperar espécies-chave para restaurar os ecossistemas”, o Dia Mundial da Vida Selvagem pretende alertar para o estado de conservação de algumas das espécies da fauna e flora selvagens mais ameaçadas de extinção, bem como direcionar as discussões para se encontrarem e implementarem soluções para as conservar.
Todos os eventos serão inspirados e procurarão direcionar os esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU 1 (Erradicar a pobreza), 2 (Erradicar a fome) 12 (Produção e consumo sustentáveis), 13 (Ação climática) 14 (Proteger a vida marinha) e 15 (Proteger a vida terrestre).
A Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas, da União Internacional para a Conservação da Natureza, avalia em cerca de 8400 as espécies selvagens de fauna e flora como Criticamente em Perigo e perto de 30000 em Perigo ou Vulnerável. Partindo destes números, estima-se que mais de um milhão de espécies estejam ameaçadas de extinção.
A redução continuada de espécies, habitats e ecossistemas ameaça toda a vida no planeta, seres humanos incluídos. Por todo o mundo, as pessoas dependem dos recursos de vida selvagem e da biodiversidade, nas mais diversas áreas – alimentação, saúde, vestuário, etc. Milhões de pessoas dependem da natureza como fonte de subsistência e desenvolvimento socioeconómico.
Em 2022, o Dia Mundial da Vida Selvagem direciona o debate para a irreversibilidade da extinção das espécies com a categoria de Criticamente em Perigo, para apoiar o restauro dos seus habitats e ecossistemas e promover o uso sustentável de recursos partilhados.
Sobre o Dia Mundial da Vida Selvagem
O Dia Mundial da Vida Selvagem das Nações Unidas é uma celebração global da extraordinária diversidade de animais e plantas selvagens do nosso planeta. É também uma ocasião para refletir sobre a infinidade de benefícios que estas espécies nos proporcionam, e contribuir para a diminuição das ameaças que enfrentam.
Tendo sido aprovado no dia 3 de março de 1973 o texto da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), quando dos 40 anos da Convenção, foi este dia o escolhido para celebrar o Dia Mundial da Vida Selvagem.
O objetivo é salientar a importância das espécies de animais e plantas selvagens como uma relevante componente da biodiversidade e o papel fundamental que esta desempenha para as pessoas, especialmente para as que vivem mais próximas da natureza e dela dependem para a sua subsistência.
As espécies selvagens de animais e plantas são parte integrante da diversidade biológica do mundo, assim como os genes e os ecossistemas. Os ecossistemas onde a vida selvagem pode ser encontrada, como florestas, pântanos, planícies, pradarias, recifes de coral e desertos, representam outro aspecto da diversidade biológica, juntamente com a diversidade genética.
O elevado número de interações entre todos esses componentes ao longo de quase 3,5 biliões de anos é precisamente o que tornou o nosso planeta habitável para todas as espécies, incluindo a nossa, que depende inteiramente da biodiversidade, desde alimentos, energia, material para artesanato e construção, até ao ar que respiramos. Atividades humanas não regulamentadas ou mal dirigidas têm uma ação negativa nos ecossistemas locais e globais, alterando a biodiversidade e colocando em risco a sobrevivência de muitas espécies.
Comissão de Animais Selvagens e Meio Ambiente do CRMV-GO
Em comemoração ao Dia Mundial da Vida Selvagem, a Comissão de Animais Selvagens e Meio Ambiente do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-GO) juntamente com os discentes da disciplina de Animais Silvestres do curso de Medicina Veterinária da FAMA e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Anápolis, realizaram soltura de um Gavião-Carijó, resgatado vítima de caça com chumbinho na asa e fratura nos dois ossos. O gavião ficou 2 meses em reabilitação até estar pronto para ser devolvido em seu habitat natural.
A médica-veterinária e presidente da Comissão de Animais Selvagens, Elisângela Albuquerque, responsável pela soltura, explicou que animais da espécie são uma peça chave “para a restauração dos ecossistemas, já que se trata de um controlador biológico de animais como roedores e pombos”.