15 de julho, Dia Nacional do Pecuarista
15 de julho de 2022 – Atualizado em 23/10/2024 – 11:40am
15 de julho, Dia Nacional do Pecuarista
CRMV-GO celebra a data e destaca a parceria do produtor rural com profissionais de Medicina Veterinária e Zootecnia no crescimento do setor
No dia 15 de julho, é celebrado o Dia do Pecuarista, momento de comemorar o trabalho daqueles que se dedicam a um dos setores mais importantes da economia do País.
“Para os pecuaristas brasileiros, responsáveis pela posição de protagonismo do País no mercado mundial de carne bovina, o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás (CRMV-GO) celebra a data, reconhecendo o papel da atividade que representa 8,5% do produto interno bruto (PIB) do Brasil. O Conselho também destaca que o conhecimento e o trabalho dos profissionais da Medicina Veterinária e Zootecnia fazem parte desse resultado, pois esses profissionais atuam pelo crescimento da pecuária, garantindo uma produção com rigorosos padrões de qualidade, focada na sanidade dos rebanhos, na segurança dos alimentos de origem animal e na sustentabilidade dos pastos”, afirma o presidente do Conselho, Rafael Costa.
Atividade pecuária de corte e de leite no Brasil, em Goiás e em todo o Centro-Oeste experimentou uma melhoria significativa nos últimos anos. Houve avanços nas pastagens, melhoria dos rebanhos, relacionada à nutrição animal, melhoramento genético e nos próprios manejos adotados nessas duas grandes áreas, que impactaram bastante na qualidade dos produtos, bem como em toda a cadeia produtiva e na rentabilidade do negócio.
Bruno de Souza Mariano, o zootecnista e coordenador do curso de Zootecnia da PUC de Goiás, membro da Comissão Nacional de Educação em Zootecnia, Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNEZ/CFMV), ressalta a contribuição acadêmica para o desenvolvimento tecnológico que hoje é experimentado no setor. “Eu entendo que a Medicina Veterinária foi sendo direcionada ao ensino de gestão; então, hoje eu vejo muito, tanto na área quanto na Zootecnia, um profissional gestor, que adota a tecnologia disponível dentro das condições de propriedade, tamanho e dos recursos disponíveis. A transformação foi ter, no médico veterinário e no zootecnista, a visão empreendedora. Lógico que a técnica adotada quanto à nutrição animal, o manejo, o bem-estar animal e a gestão desse animal no meio criatório são importantes, mas atualmente vemos mudanças nos projetos pedagógicos de curso e nas diretrizes curriculares atualizadas, para a vivência de um gestor profissional”.
Quanto à evolução do setor em relação à participação dos profissionais, o professor Bruno Mariano ainda ressalta que, anteriormente, os pequenos e os médios produtores eram muito desassistidos, não tinham a figura do médico veterinário atuando próximo a eles, mesmo dispondo de recursos. Hoje, as consultorias técnicas, os profissionais ligados a grandes empresas do setor, as próprias integrações e as cooperativas não só apoiam esses produtos, mas os auxiliam no emprego de todo tipo de tecnologia no campo.
A tecnologia chegou ao campo através de instrumentos, materiais, DTI, softwares, nutrição e genética. Na atualidade, mesmo o menor dos produtores rurais também faz uso de aplicativos para celular, por meio dos quais é possível gerenciar o rebanho, a produção por animal, por hectare, por ano. O resultado disso é observar que, atualmente, na pecuária brasileira de corte e leite, otimiza-se muito mais produto por hectare.
Conforme os últimos censos agropecuários divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde 1996 vem acontecendo uma diminuição constante das áreas destinadas ao pastejo dos bovinos. Caiu de um total de 177,93 milhões de hectares dedicados às áreas de pastagens naquele ano para 149,67 milhões em 2017, o que representa uma redução de aproximadamente 16%.
Em contrapartida, com a adoção de tecnologias modernas e intensificação da produção, o rebanho bovino vem aumentando e, atualmente, é o maior do mundo com 218,2 milhões de cabeças, de acordo com a Embrapa.
“Esperamos muito que o Brasil continue tendo a possibilidade dessas melhorias, intensificando o uso dessas tecnologias, guardando a qualidade deste produto, adotando no animal, junto de suas instalações, o seu manejo, o seu meio ambiente, as suas condições, para que ele seja explorado racionalmente, para que nós continuemos tendo essas duas cadeias importantíssimas para a economia nacional e que adota muita mão de obra, cada dia mais tecnificada”, conclui Bruno Mariano.
Assessprioa de Comuicação