Cinomose Canina: O que é e como é transmitida?
29 de novembro de 2023 – Atualizado em 23/10/2024 – 11:41am
A Cinomose é uma doença viral infectocontagiosa e que, normalmente, acomete cães jovens que ainda não finalizaram o esquema vacinal ou também aqueles animais que costumam não receber o reforço anual da vacina múltipla.
O agente causador da cinomose é o Morbillivirus, pertencente à família Paramyxoviridae, que pode ser destruído pelo calor e pelo uso de desinfetantes.
É importante ressaltar que essa doença não é uma zoonose, ou seja, não é transmitida do animal para o ser humano. Entretanto, é uma enfermidade grave, altamente contagiosa e com alto índice de letalidade e, por isso, deve ser uma preocupação constante para os responsáveis por cães.
Transmissão
Os cães podem se infectar com o vírus da Cinomose principalmente por duas vias: contato direto e/ou aérea.
O contato direto com secreções nasais e oculares, urina e fezes contaminadas, além de objetos do animal infectado, tais como casinha, cobertores e alimentos contaminados, são alguns meios de transmissão.
Já por vias aéreas, apenas o contato com o ar contaminado possibilita a infecção. Um exemplo desse tipo de infecção ocorre ao passear com o cão em locais pelos quais também circularam animais doentes e que eliminaram o vírus no ar, seja pela respiração ou por espirros e secreções.
É válido ressaltar que filhotes são mais suscetíveis por terem o sistema imunológico ainda mais frágil.
Sinais clínicos
Os sintomas mais comuns em cães com a Cinomose são caracterizados por:
Secreções oculares (remela em grande quantidade);
Secreções nasais (pus);
Apatia e perda de apetite;
Diarreia e vômito;
Febre;
Hiperceratose do nariz e dos coxins digitais.
Erupções e pústulas podem estar presentes no abdome;
Sintomas neurológicos que podem variar de convulsões a mioclonias (espasmos musculares involuntários).
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico de cinomose deve ser feito por um veterinário. Ele vai analisar os sinais clínicos que o cachorro apresenta e realizar exames de laboratório, radiografia ou PCR (exame do DNA) para confirmar a presença da doença. A partir disso, o profissional será capaz de indicar o melhor tratamento, de acordo com o estágio da doença em cada cachorro.
O CRMV-GO ressalta que a cinomose canina é tratável, desde que sob supervisão clínica de um médico-veterinário. Não abandone ou maltrate cães doentes ou com suspeitas da doença.
Referência
NUNES, Leonardo Santos. CINOMOSE CANINA: aspectos clínicos x tratamento auxiliar. Revisão de literatura. 2021. Disponível em: http://dspace.unirb.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/265/TCC.pdf?sequence=1&isAllowed=y