Agosto Verde – porque se preocupar com a Leishmaniose?
15 de agosto de 2022 – Atualizado em 23/10/2024 – 11:40am
Se você convive com cães, provavelmente já ouviu falar de algum que acabou morrendo por conta da Leishmaniose. A doença, que também é conhecida como calazar, é uma zoonose – atinge os animais e os humanos.
Um cachorro pega leishmaniose através da picada do mosquito-palha, presente em regiões quentes e úmidas. O mosquito é da família das moscas, mas pequeno como uma pulga. Ele se alimenta de matéria orgânica em decomposição, como folhas, frutos, lixo orgânico e fezes de animais. Depois de picado pelo mosquito, o cãozinho se torna um reservatório do protozoário Leishmania. Se um mosquito picar aquele cachorro novamente e depois um humano, a doença será transmitida também para o homem.
Sinais clínicos da leishmaniose
É comum que os cães infectados não apresentem nenhum sintoma. Só um exame específico poderá revelar se o animal está ou não com a doença.
Em alguns casos os sintomas aparecem. São eles:
Enfraquecimento do pelo;
Ferida no focinho, orelhas e região dos olhos;
Apatia;
Crescimento anormal das unhas;
Perda de peso, emagrecimento progressivo e anorexia;
Aumento do volume abdominal;
Paralisia dos membros.
A leishmaniose tem um diagnóstico difícil. A forma mais comum é pela sorologia – procurando a reação do organismo à presença do agente – e a citologia, que rastreia o próprio parasita.
Tratamento dos cães
Atualmente apenas um remédio é liberado para o tratamento da leishmaniose.
Além do medicamento, é importante cuidar dos problemas pontuais do cão, como as feridas de pele e perda de peso.
Prevenção da leishmaniose
Existe vacina para a leishmaniose. Ela deve ser tomada em 3 doses com intervalo de 21 dias. O reforço anual deve ser feito a partir da data da primeira imunização.
Especialistas alertam, no entanto, para a necessidade de controlar o mosquito e a transmissão do protozoário – com a higiene dos ambientes e uso de repelentes nos animais.
Brasil ainda é um dos 6 países com mais diagnósticos de leishmaniose visceral a cada ano. 90% dos casos da Leishmaniose Visceral Canina na América Latina acontecem no Brasil.
Assessoria de Comunicação