Organização Mundial de Saúde Animal reconhece Goiás como zona livre de febre aftosa sem vacinação
Na última quinta-feira, 29, o presidente do CRMV-GO, Rafael Vieira, esteve presente na comitiva que foi a Paris para participar da 92ª Assembleia Geral dos Delegados Nacionais da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e receber o status de território livre de febre aftosa sem vacinação.
O reconhecimento é resultado de um campo profissional capacitado, que reuniu esforços de médicos-veterinários e zootecnistas. Os profissionais estiveram presentes em todas as etapas, desde a elaboração dos planos estratégicos até a atuação direta em campo, garantindo a vigilância epidemiológica e o bem-estar dos rebanhos goianos ao longo das últimas décadas.
Na trajetória para alcançar o status de zona livre de febre aftosa, Goiás precisou cumprir as exigências do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE/PNEFA), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Graças a isso, já em março de 2024, o estado havia sido reconhecido nacionalmente como livre da doença sem vacinação, por meio da Portaria nº 665 do Mapa.
Rafael Vieira explica que a última campanha de vacinação do rebanho ocorreu em novembro de 2022. Desde essa data, Goiás vem trabalhando para intensificar ações de vigilância ativa e passiva, capacitação de equipes, ampliação de laboratórios e modernização da rede de defesa sanitária.
“O novo status sanitário é reflexo de um trabalho contínuo e técnico. Esse reconhecimento reforça o compromisso de Goiás com a sanidade do seu rebanho. Mantemos um sistema robusto de monitoramento e vigilância, com foco na prevenção. Nossa prioridade agora é garantir a sustentabilidade desse status e continuar avançando na abertura de mercados”, reitera o presidente.
Reconhecimento nacional e oportunidades
A certificação se amplia para todo o território nacional e representa uma oportunidade estratégica para o Brasil, que passa a figurar entre as nações mais confiáveis do ponto de vista sanitário. Com o novo selo, as carnes produzidas no país passam a ser interessantes para novos mercados internacionais, que são mais exigentes quanto aos critérios sanitários pelos quais os países são reconhecidos.
Para Goiás, além da ampliação de horizontes para produtos agropecuários produzidos aqui, o reconhecimento elimina os custos com a vacinação obrigatória de rebanhos goianos.
Na comitiva dos representantes do Sistema CFMV/CRMVs, além de Rafael Vieira (CRMV-GO), estiveram o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Romulo Spinelli; Marcos Vinícius Neves, tesoureiro da autarquia; o conselheiro Francisco Edson Gomes, e os presidentes de outros quatro conselhos regionais: Aruaque Lotufo (CRMV-MT), Diogo Alves (CRMV-RJ), Mauro Moreira (CRMV-RS), e Thiago Fraga (CRMV-MS).